Quando saí da internação (jul/2017) entrei em um processo intenso na psicoterapia. Próximo do final do ano houve um feriado prolongado, desses que pegam final de semana, e minha psicoterapeuta me disse, você precisa fazer pelo menos uma coisa por dia, qualquer coisa, ir ao parque, ao cinema, fazer um lanche no shopping, enfim, você escolhe. Elaborei minha agenda para aquele feriado e em um dos dias optei por ir ao cinema. O filme era "Entre Irmãs" do cineasta Breno Silveira. Me apaixonei pela história das irmãs Emília e Luzia. Me apaixonei tanto que pouco depois comprei o livro que inspirou o filme, da brasileira que cresceu nos Estados Unidos, Frances de Pontes Peebles.
Quando a TV Globo exibiu a série Lampião e Maria Bonita em 1982 meu avô, natural de Pedra Azul em Minas Gerais, comentou que conheceu um dos homens do bando de Lampião. Ele dizia que o apelido do cangaceiro era "Amarelo" e eu ainda criança cresci com essa informação. Recentemente pesquisando, descobri que não tinha nenhum "Amarelo" no bando. No entanto, havia um, conhecido como "Moreno". Quando o bando de Lampião foi atacado na batalha de Angicos em Sergipe, Moreno e Durvinha (sua esposa e também cangaceira) foram uns dos que sobreviveram (Lampião e Maria Bonita morreram). Dois anos depois da morte de Lampião, Moreno e a esposa fugiram para Augusto de Lima em Minas Gerais. Augusto de Lima não é muito distante de Pedra Azul e provavelmente foi Moreno quem meu avô conheceu.
No entanto, Frances, a autora, se baseou também em outras histórias de outros cangaceiros, entre eles Antônio Silvino (1875 - 1944) que andou por Taquaritinga do Norte em Pernambuco, cidade onde se passa boa parte da história contada. Na narrativa a autora consegue trazer para o protagonismo a luta de duas mulheres, uma no cangaço, outra na cidade grande. Houve algumas mulheres no cangaço entre elas Maria Bonita (1911 - 1938) esposa de Lampião, cuja história é pouco contada. Além disso há a luta pelo voto feminino no Brasil algo que ocorreu apenas em 1932.
Originalmente o livro foi publicado em inglês em 2009 (The Seamstress - A costureira em trad. livre) e em 2010 ganhou sua primeira tradução em português chamada "A costureira e o cangaceiro". A edição de 2017 ganhou o título de "Entre Irmãs" em função do filme e da mini - série exibida pela TV Globo.
Quando a TV Globo exibiu a série Lampião e Maria Bonita em 1982 meu avô, natural de Pedra Azul em Minas Gerais, comentou que conheceu um dos homens do bando de Lampião. Ele dizia que o apelido do cangaceiro era "Amarelo" e eu ainda criança cresci com essa informação. Recentemente pesquisando, descobri que não tinha nenhum "Amarelo" no bando. No entanto, havia um, conhecido como "Moreno". Quando o bando de Lampião foi atacado na batalha de Angicos em Sergipe, Moreno e Durvinha (sua esposa e também cangaceira) foram uns dos que sobreviveram (Lampião e Maria Bonita morreram). Dois anos depois da morte de Lampião, Moreno e a esposa fugiram para Augusto de Lima em Minas Gerais. Augusto de Lima não é muito distante de Pedra Azul e provavelmente foi Moreno quem meu avô conheceu.
No entanto, Frances, a autora, se baseou também em outras histórias de outros cangaceiros, entre eles Antônio Silvino (1875 - 1944) que andou por Taquaritinga do Norte em Pernambuco, cidade onde se passa boa parte da história contada. Na narrativa a autora consegue trazer para o protagonismo a luta de duas mulheres, uma no cangaço, outra na cidade grande. Houve algumas mulheres no cangaço entre elas Maria Bonita (1911 - 1938) esposa de Lampião, cuja história é pouco contada. Além disso há a luta pelo voto feminino no Brasil algo que ocorreu apenas em 1932.
Originalmente o livro foi publicado em inglês em 2009 (The Seamstress - A costureira em trad. livre) e em 2010 ganhou sua primeira tradução em português chamada "A costureira e o cangaceiro". A edição de 2017 ganhou o título de "Entre Irmãs" em função do filme e da mini - série exibida pela TV Globo.
Nanda Costa como Luzia no filme "Entre Irmãs".
Fiquei encantada com a narrativa da autora, muito bem construída e alinhavada. Mereceu todos os prêmios que ganhou. A leitura desse livro magnífico me ajudou bastante no processo terapêutico e me fez buscar mais coragem dentro de mim mesma.
Lúcia Porto
p.s. entrei em contato com a Frances e ela delicadamente me respondeu.
"Obrigada Lúcia! Adorei a mensagem. Fico muito feliz que você está gostando do livro. Feliz ano novo e tudo de bom para você em 2018."
Frances de Pontes Peebles (22/dez./2017)
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