conheci a margot pessoalmente, antes da minha internação psiquiátrica e consequentemente antes da transição. foi no final de 2016, um domingo, em um evento na livraria do joaquim. a gente se deu bem de saída e logo ficamos amigas. ela perguntou, tudo certo pra amanhã? sim, assenti com a cabeça. então, te vejo lá.
lá, era a rádio mundo livre fm, a única rádio rock de curitiba, e hoje em dia, uma das únicas do país. a mundo livre, de certa maneira, é descendente direta da mítica rádio estação primeira, responsável por moldar o gosto musical dos roqueiros da cidade, entre os anos 80 e 90. a margot fez parte do cast de locutoras da estação e eu já era encantada por ela e por sua voz desde sempre.
nós tínhamos combinado uma entrevista na mundo livre, onde eu falaria do meu recém lançado livro "todas as entrevistas da lado a discos". era algo que eu não esperava, a margot era um ídolo que vivia apenas na minha imaginação, e até hoje é difícil acreditar que nos tornamos amigas. muito insegura compareci na tarde de segunda - feira (05 de dezembro) no estúdio da rádio para a entrevista, ao vivo.
ainda me apresentando como menino e usando meu nome civil na época, procurei ser o mais objetiva e sincera possível, em relação ao livro e a minha vida profissional. ou seja, não era nenhuma best seller, era uma autora iniciante e independente, sem nenhuma relevância no nosso frágil mercado de livros. fiquei muito feliz em realizar essa entrevista, porque além de falar do meu trabalho, conheci um ídolo que se tornou uma das minhas amigas mais queridas.
ouça a entrevista abaixo:
Comentários
Postar um comentário