talvez eu ainda seja a mesma guria deslumbrada da adolescência, por isso qualquer resposta que receba, em rede social, de um músico, artista ou personalidade que admire, tem o mesmo valor de uma carta. com a chegada da web tudo ficou mais acessível, mas os tempos são outros, não sei exatamente o que as novas gerações valorizam, mas, no meu caso, quando recebia uma carta na adolescência, guardava, tenho algumas guardadas até hoje e é difícil explicar aos mais jovens o valor que havia em receber uma.
não faz muito tempo que aprendi a dar "print", mas a partir dessa descoberta, fui organizando mensagens e respostas de alguns artistas que admiro desde a adolescência, como um arquivo de "cartas". aproveito para dar o contexto em que as recebi, são essas primeiras "cartas" que quero dividir com você leitor.
billy rankin pelo messenger (23.set.2018)
billy rankin é um guitarrista e compositor escocês que fez parte do nazareth entre 1980 - 1983 e 1991- 1994. ajudou a compor os maiores hits da banda como love leads to madness, dream on, rain on the window e where are you now. em 2018 escrevi um pequeno artigo analisando a carreira do nazareth e pensando na importância que ele teve para o desenvolvimento da banda e resolvi mandar o texto pra ele, pelo messenger, em português mesmo. quase caí da cadeira quando ele respondeu. mais tarde refiz o artigo e o publiquei novamente. em tradução livre, o que ele disse: oi lucia, muito obrigado minha amiga. muitos abraços da escócia... está muito frio por aqui.
frances de pontes peebles pelo facebook (23.jun. 2019)
frances de pontes peebles é uma escritora norte - americana, nascida em recife (pernambuco) e criada em miami (florida). seu primeiro livro the seamstress (a costureira) de 2009, foi traduzido para nove idiomas e em 2010 ganhou sua primeira tradução em português - "a costureira e o cangaceiro". em 2017 o livro ganhou nova edição em português, dessa vez chamado "entre irmãs", em função de um filme e de uma mini - série da tv globo, baseados no livro.
vinha falando com a frances por email e pelo messenger desde o final de 2017, tinha visto o filme e estava lendo seu livro, justamente como atividades ligadas ao meu tratamento na psicoterapia, que comecei logo após minha internação psiquiátrica. em 2019 fiz uma oficina literária chamada "a arte da crônica" ministrada pelo escritor curitibano luís henrique pellanda e contei em um exercício pedido por ele, minha história com a autora. é essa história que ela divulgou na sua página pessoal do facebook.
os cowboy junkies são um grupo canadense dos anos 80 que faz um som calcado no country rock e sou fã da banda desde a adolescência. em 2011 gravei em casa uma versão "voz e violão" de hollow as a bone, faixa do disco miles from our home de 1998. ano passado fiz um vídeo e subi no meu canal no you tube e mandei pra eles, na esperança de ouvirem. achei inacreditável quando responderam!
tenho mais "cartas" e histórias por aqui, mas é melhor deixarmos para os próximos capítulos.
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