1) Ser adotada aos nove anos Tive uma infância complicada, minha mãe engravidou do meu pai biológico sem se casar e separou quando eu tinha sete anos. Passei uns tempos com ela e uns tempos com meu pai, mas vivia fugindo da casa dele. Quando minha mãe se casou, fui morar com ela. Para eu ficar, meu pai de criação precisava entrar com uma documentação junto ao juizado de menores. Hoje adulta, percebo que era uma tarefa difícil, soube, por exemplo, que crianças mais velhas, em geral, tem dificuldades em ser adotadas. Além disso, ele estava inseguro e havia chances de eu ir para a "Queiróz Filho", mesmo não sendo menor infratora, ou um órgão parecido, que acolhesse menores. Nos anos 80 a "Escola Professor Queiróz Filho", era um educandário similar a Febem (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor) de São Paulo, hoje Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente). Mais tarde, a "Queiróz Filho" passou a se chamar Educandário São Franci...