A Expresso Vermelho é uma banda curitibana formada em 2011 que faz um som calcado no rock dos anos 70 com uma série de influências que tornam a sonoridade do grupo bastante interessante. Formada por: Jimmy Reuter (Guitarra e Voz); Dudu Drewinski (Sintetizadores e teclados); Maurício Escher (Baixo) e Jimmy Allan (Bateria) lançou o EP Caos em 2013 e o CD UM em 2014. A Lado A Discos Premium trocou uma ideia com Jimmy Reuter, guitarrista e vocalista da banda. Confere aí.
1 – Como surgiu a
Expresso Vermelho?
A Expresso Vermelho surgiu através
das minhas composições e do antigo baixista Alan Emmerich. Tínhamos na época cerca de seis composições e o
desejo com outros amigos músicos de fazer uma banda de rock de música autoral.
Começamos a ensaiar e trabalhar nas canções, gravamos um single e participamos
do Festival Kaiser Sound 2011, sendo esse nosso primeiro show. Passamos
das duas primeiras eliminatórias e chegamos a semifinal do festival. Assim
começa a estrada da Expresso Vermelho.
2 – Percebo que a banda tem muitas
influências, você pode falar um pouco sobre elas?
Sim temos muitas influências. Embora façamos rock, e esse seja nossa vertente mais em comum, somos uma banda
feita de músicos universais, que vivem e respiram música. Consequentemente
gostamos muito do Erudito, Jazz, Música Latina, MPB, Groove, Blues, Black Soul, Música Eletrônica e AfroBeat. Mas é claro que dentro do rock nossa influência vem
principalmente do rock psicodélico e
progressivo dos anos 60 e 70, como Pink Floyd, Yes, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, King Crimson e outras. Mas também temos influências de rock moderno e 90 como Black Keys, Tame Impala, Jack White e Queens of the
Stone Age, Red Hot Chili Peppers
e outras. E claro que não deixamos de lado toda a infuência que temos do rock nacional de bandas como Ira, Paralamas do Sucesso, Los
Hermanos, Titãs, Barão e Nação Zumbi. Todas essas somas fazem que criemos um estilo estético
único e original.
3 – Como você vê o mercado para as novas
bandas de rock atualmente?
O mercado do rock é bem complicado no Brasil,
embora o rock esteja mais em alta do
que a MPB, existem sérias dificuldades de público, lugares para
tocar, venda de discos,
reconhecimento e falta de investimento
por parta das gravadoras e produtoras. Isso é um problema social e cultural devido à falta de educação
de qualidade em nosso país que transmita valores artísticos e culturais. Falta bastante organização por parte
dos próprios artistas para formarem coletivos, embora isso tenha acontecido em
alguns casos isolados. É aquela velha história, a banda grava o disco, mas
falta grana para divulgar e difundir o trabalho nas rádios e mídia. Porém por outro
lado temos as plataformas virtuais e rede sociais, que nos possibilitam
divulgar o trabalho e nos comunicarmos com nossos fãs de uma forma muito fácil e
gratuita. Essa é uma ferramenta que se bem usada pode ser uma forte aliada.
4 – Na discografia
da banda há dois trabalhos, Caos EP de 2013 e UM, CD lançado em 2014. O que
mudou de um trabalho para o outro?
Mudou a sonoridade, com a evolução
do trabalho conseguimos botar as coisas em seu devido lugar e conseguir a
sonoridade desejada desde o começo do projeto. A formação da banda mudou
(bateria e baixo), deixando a "cozinha"
com uma proposta mais groovada. Da primeira formação ficou apenas eu e o tecladista que havia entrado três meses
antes Dudu Drewinski. Nosso primeiro EP gravamos em power trio em apenas dois dias e meio
de gravação (aprox. 22 horas), já o disco UM
tivemos aproximadamente nove dias de gravação, uma produção executiva e sonora
muito mais elaborada e um estúdio muito mais refinado e específico para a nossa
sonoridade com tecnologia analógica aliada ao digital.
5 – Uma das músicas que mais gosto da
banda é “Libertina” faixa do CD lançado em 2014, que tem um toque de música
brasileira (samba, bossa nova) + rock. Como foi o processo de composição dela?
O processo de composição dela surgiu magicamente. Foi algo muito forte que
aconteceu em minha vida íntima que me levou a transformar o que eu sentia em
palavras. A letra fala de amor, de liberdade e tem um caráter feminista. Ela
surgiu primeiramente no violão e voz com uma pegada mais samba e durante o arranjo dela e instrumentação, dei um groove a mais nela para ficar um pouco
mais pra frente e dançante, pois se não ela se tornaria uma música muito
monótona. Há uma guitarra Fuzz com Vibrato nela que a deixou com uma cara
muito única. É uma música especial pra mim que merecia uma atenção redobrada
para deixá-la na forma em que queríamos.
6 – Jimmy, fique a vontade para fazer
suas últimas considerações, deixar contatos, redes sociais e agenda de shows.
Escutem e baixem nosso último disco gratuitamente em:
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informações, agenda da banda e muito mais:
Dia 11/04 estaremos tocando em Curitiba em uma festa chamada Pitanga no Quintal
onde rolarão exposições artísticas, bazares e muita sonzeira no vinil. Será na
Residência Belotti a partir das 15:00.
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