Slash é um cara que vivia
pendurado na parede do meu quarto no tempo que eu ainda era um adolescentezinho meio medroso, ele e mais outros caras que
eram conhecidos como Guns n’ Roses.
Naquele
tempo o Guns era considerado a banda
mais perigosa do mundo, um lance meio “O
gatilho mais rápido do oeste”, um título que estava mais para lenda do que para realidade. Mas o velho oeste assim como o rock n’ roll sobrevivem mais de lendas do que de realidade.
Eu
andava com uma camiseta em que havia uma fotografia da banda no estilo “fora da lei”. Acredito que demonstrar
que era fã dos caras trouxesse um pouco de segurança para aquele adolescentezinho medroso que eu era.
Mais tarde dei aquela camiseta de presente para uma menina que eu era afim que
morava na esquina da minha rua.
Eu
ainda estava no começo da minha vida de músico
sem destino, compondo os primeiros RIFFS
na minha guitarra simplisinha, dos
quais sairia apenas uma música inteira, e ser como Slash era uma espécie de influência natural, apesar de musicalmente
eu prestar mais atenção no Izzy.
Quase
25 anos depois nada mais é como
antes, a formação clássica do Guns virou lenda e após a separação cada um procurou seu caminho no deserto do
velho oeste do rock.
Todo
roqueiro meio que virou lenda por que hoje em dia o oeste não é mais selvagem, os vilarejos
cresceram e tornaram-se grandes cidades assim como as cidades do leste.
Ver
Slash tocar hoje em dia com Myles Kennedy and The Conspirators é ver uma lenda
em tempos de twitter, you tube, facebook, selfies etc. Não há mais o velho oeste, apenas histórias.
Gilby Clarke também estava por lá,
apesar de não ter participado da formação
clássica, fez parte do Guns
antes da dissolução.
As
histórias podem ser as mesmas, as músicas que levantam a galera podem ser as
mesmas, os solos e RIFFS que sabemos de cabeça quase que nota por nota podem ser os mesmos, mas
contados por quem esteve lá como Slash
e Gilby Clarke é sempre legal de
ouvir.
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