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Mostrando postagens de maio, 2018

O batom de Margot Brasil

Costumo traçar uma linha da minha vida na música . Começa na infância, roqueira desde sempre e posso dizer que a Margot entrou entre a adolescência e a chamada vida adulta através das ondas da 90.1 FM, a extinta rádio Estação Primeira . A Estação foi uma rádio curitibana muito importante para a formação do gosto musical de pelo uma geração de roqueiros da cidade. Quando fechou em 95 eu tinha acabado de entrar na idade adulta e a Margot já era um mito, pelo menos pra mim e fui acompanhando seu trabalho como locutora nas diversas rádios que passou. O mundo do rock pode ser bastante libertador mas pode ser muito conservador também, sobretudo em relação a sexualidade . Não vou citar casos por que cada caso é único, mas em relação a mim o que mais se aproximou do que gostaria de ser foi Boy George e isso vem desde a infância. É interessante pensar nisso agora, por que até bem pouco tempo eu tinha vergonha de comprar os discos do Culture Club . Quando conheci a Margot pes...

Minha história com a Cherry

Foto: Milton Michida/Folhapress Em 1999 o Okotô veio fazer um show em Curitiba e nós da Stanley Dix fomos escalados para abrir a apresentação da banda. Era um show importante (ligado ao skate feminino), pois o Okotô era uma banda com discos lançados, numa época em que lançar discos não era assim tão simples, ainda mais para bandas do chamado underground . Lembro pouco do show, vi a apresentação deles mas não me recordo de ter falado com a Cherry . Depois o pessoal da banda veio falar comigo, nós iríamos à São Paulo , no final do ano, tocar em um local chamado Hangar 110 . O Hangar 110 era uma casa de shows que havia aberto há pouco tempo, mas com o passar dos anos tornou-se um dos palcos mais emblemáticos do rock underground brasileiro, onde tocaram Ratos de Porão , CPM 22 , NX Zero entre outras bandas, além dos escoceses The Exploited . Foi a primeira e única vez que viajei para tocar com uma banda de rock e confesso que ter tocado no Hangar 110 foi um privilégio e...

LSD - 100 discos psicodélicos do Brasil

É provável que eu e Bento Araújo tenhamos começado a escrever sobre música mais ou menos na mesma época em 2003 . Ele na poeira Zine e eu no Manifesto Arte . Nos conhecemos nesse período e havia alguma sintonia entre o nosso trabalho. Essa sintonia acabou se transformando numa pequena parceria, a poeira Zine publicou uma entrevista que fiz com o maestro Waltel Branco para o Manifesto Arte e me tornei revendedora da pZ aqui em Curitiba . Conheci o Bento na Vinyl Club (lendária loja de discos da cidade) e a maioria dos discos de "Lindo Sonho Delirante - 100 discos psicodélicos do Brasil" eu vi nas paredes da loja, um deles, inclusive, "Brazilian Octopus (1969)"  resenhei para o Manifesto . Outro detalhe interessante é que o autor cita o maestro Waltel na resenha de "Molhado de Suor - Alceu Valença (1974)" . Obviamente que eu nunca imaginaria uma linha estética que aproximasse todos aqueles discos , sabia apenas que eram raros e um ou o...

Lado A Discos Premium entrevista izza

1 - izza, como a música entrou na tua vida? Humm, ou como é que eu entrei na música né? Eu não lembro alguma fase da minha vida que a música não estivesse presente. Então, desde de muito pequena eu tenho lembranças de cantar, de compor, muito novinha eu já compunha coisas. Talvez a composição mais marcante que eu tive quando era novinha foi uma composição pro "fim do mundo" no ano 2000, que o "mundo ia acabar" e tal e eu fiz uma música gigante assim. Eu lembro que eu imaginava até como era a bateria da música assim, sabe? Era uma coisa bem aprofundada. Mas, foi interessante que quando eu decidi seguir profissionalmente no campo das artes eu iniciei pelo teatro e depois que a música foi realmente falando mais forte e aí então não consigo mais viver sem. 2 - Fale um pouquinho das suas influências musicais. Eu diria que são muitas, sou muito eclética, eu gosto de muita coisa e eu sou muito de fases e é muito louco assim por que eu fico muito apaixonada. E...