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Mostrando postagens de março, 2019

Lado A Discos entrevista Fabiano Nasi

1 - Fale um pouquinho sobre a sua carreira pra quem não conhece o seu trabalho. Meu trabalho musical vale a pena conhecer, são canções que falam sobre amor, conquistas, perdas, alegrias. Te convido para conhecer nesses dias tão difíceis que estamos passando. 2 - Você começou primeiro a cantar ou tocar guitarra? Praticamente veio tudo junto, ganhei meu primeiro violão quando tinha 12 anos, aprendi sozinho a tocar e com 13 anos fiz minha primeira canção "chá de cogumelo" rsrsrs, uma fase punk da minha vida, nessa época escutava muito Sex Pistols e Ramones. 3 - Você é de Porto Alegre, dá pra fazer uma pequena análise de como anda o "rock gaúcho"? Sim sou de Porto Alegre, o rock gaúcho nesse momento está se reformulando com bandas novas e muita coisa boa vem por aí, pelo que pude observar nos guetos do rock gaúcho. 4 - E suas influências, fale um pouco sobre elas? Bebo muita coisa a todo instante, minha influência vai do punk ao jazz, Mano Lima (...

Nos sonhos de Rosemary

Eu vi a "Far From Alaska" ao vivo em maio de 2015, eles vieram participar da "virada cultural" de Curitiba daquele ano, foi o último show que vi naquele dia, depois de passar por uma pequena maratona de apresentações. Foi uma das bandas mais pesadas que ouvi naqueles tempos, mas o que me chamou a atenção foi o fato deles usarem compassos pouco comuns, como o 5/4 por exemplo, poucas bandas fizeram isso dentro do rock. A "In The Rosemary Dreams" , banda de Piraquara (região de Curitiba) - PR, formada em 2014 lançou em 2019, seu primeiro EP - ITRD. Em comum com a "Far From Alaska" eles também usam compassos pouco comuns, como o 3/4 em "A place that I can't reach" última faixa do EP, mas suas ligações vão um pouco além, elas fazem um som que ficou conhecido como stoner rock . O stoner apareceu no underground americano no início dos anos 90 quando o "som de Seattle" ganhou as paradas mundiais. Uma das bandas pre...

Beer - o maior compositor curitibano da sua geração?

Talvez William Pelacini (28 anos), conhecido como Beer , seja o maior compositor curitibano da sua geração, suas letras são profundamente perturbadoras. Musicalmente bebeu na fonte do "som de Seattle" , que não se resumia apenas ao Nirvana , Pearl Jam e Alice Chains , mas também a bandas pouco reconhecidas como o Mother Love Bone e o Mudhoney . Nos anos 90 Curitiba foi chamada de "Seattle brasileira" , olhando em perspectiva não há como traçar um paralelo com as bandas citadas e as bandas curitibanas da época, nenhuma delas resistiu ao tempo. No underground as pessoas classificavam as bandas com influência do que se chamou de "som de Seattle" como bandas "guitar" . Na verdade elas tinham uma influência mais do Sonic Youth ou do Dinosaur Jr , bandas que inspiraram muito Kurt Cobain antes de formar o Nirvana , de cabeça me recordo apenas da Plastic Fish e da Whir . "Redenção" , segundo faixa do seu novo EP - Histerese ...

Cajun

Hank Williams (1923 - 1953) A formação do rock 'n' roll é mais complexa do que podemos imaginar, em linhas gerais tomamos como base a trilogia, blues + country + jazz e partimos de nomes como Bill Halley , Elvis Presley e Chuck Berry como a primeira grande geração do rock , lá nos anos 50, no entanto, existem outros estilos escondidos no início dessa formação.  Um deles é o cajun , música da Louisiana , sul dos Estados Unidos . A primeira vez que ouvi falar no cajun , foi através de um amigo que comentou da influência do estilo na música do guitarrista J.J. Cale (1938 - 2013), é uma música que utiliza rabeca, acordeom, triângulo, harmônica, bandolim e banjo, cujas primeiras gravações foram feitas pelo lendário folclorista Allan Lomax (1915 - 2002).  O cajun é uma música de descendência francesa que mais tarde se misturou ao creole (franceses, africanos e indígenas) dando origem ao creole cajun , com um dialeto bastante particular. Quem popularizou o...

Lado A Discos Premium entrevista Gustavo Cadelis

1 - Junto com o Cabes MC e o Luís Cilho (aka Símio) você foi um dos primeiros nomes que conheci do rap curitibano, como foi o início de tudo? A gente se conheceu na escola ( IEP - Instituto de Educação do Paraná ), estudávamos junto com o Pródigo (SAVAVE) e o DJ Peen , a gente tinha interesses em comum, tipo música e skate, e assim as coisas foram acontecendo. Um dia fui com meu mano Ozzy numa festa de rap no bar 66 e conhecemos lá o Nairobi que também estudava na mesma escola, mas a gente não se falava ainda. Ele nos mostrou um som que ele tinha gravado, aí comecei a rimar também. Logo todos nós já estávamos fazendo rap, acho que isso foi em 98. 2 - Em 2015 você lançou "Sob a Tempestade" seu primeiro trabalho solo, como foi o caminho para chegar até ele. Eu sempre fui um MC que rimava em grupo, apesar de ter feito meu primeiro som sozinho e ter alguns sons solo lançados. Aí um dia o Dario me intimou pra fazer um som com um beat chamado "O vale" . O so...