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Lado A Discos Premium entrevista Daio Baroni

 
Daio Baroni (divulgação)

1) Quando começou seu interesse pela música?

Quando meu irmão ganhou um violão em uma rifa (eu tinha sete anos), mais tarde um amigo começou fazer aulas e repassar pra mim. Com dez tive aulas com o Ademir Antunes que mais tarde viria a ser conhecido em Curitiba como “Plá”, com onze já tocava na minha Igreja Católica Maria Goretti. Definitivamente quando comecei a estudar no Colégio Estadual do Paraná, salinha de artes, tinha 15 anos.


2) Fale um pouco sobre a sua discografia.

CD Boneca de Pano (1999), direção de Paulinho Branco, várias participações; Marília Giller, Glauco Solter, Suzie Franco entre outros. No mesmo ano ganhei o Prêmio Saul Trumpet com a música Mariô, gravada por Alexandre Nero.

CD Tempo Bom (2018), produzido por mim e Luciano Vassao. Disco muito importante com participações especiais de grande nomes da música brasileira: Dadi, Mu Carvalho e Vinícius Cantuária. 

Single : Cuida (2020), produzido por Leomaristi Alexandre dos Santos. 

Single: Lagoa Santa (2022), com grandes músicos da cena brasileira, Danilo Caymmi na voz e flauta, Vinícius Cantuária na bateria, Dadi no baixo, Vicente Ribeiro nas cordas, e eu no violão.


3) Danilo Caymmi, Dadi e Vinícius Cantuária gravaram seu último single "Lagoa Santa", como você chegou até eles?

A ideia de ter uma música gravada pelo Danilo se aflorou muito durante a pandemia onde eu tinha um projeto de lives chamado "Conte e Cante" onde entrevistava um grande nome da nossa música para saber da história de uma de suas composições, eu já era amigo do Danilo e ele foi um dos entrevistados. 

Logo após compus a música e falei com ele, que gostou e aceitou de pronto interpretá-la. Sou muito amigo do Dadi há anos, inclusive já fiz apresentações em shows dele aqui em Curitiba e ele também aceitou fazer o baixo, mesmo estando em turnê com a Marisa Monte. Vinícius Cantuária é mais que amigo, como ele mesmo diz, somos irmãos, temos uma história de amizade muito grande assim como o Dadi, sempre me hospedo na casa dele quando vou ao Rio . Ele também aceitou na hora meu pedido para fazer a bateria num estilo que ele gravou no disco Coco de 2020 do Caetano Veloso. Muito me orgulho destes irmãos e uma grande honra tê-los participando dos meus trabalhos.


4) O que significou pra você ganhar o 1º Premio Lúcia Porto de Música Curitibana?

Acho sempre, muito importante qualquer iniciativa que se tenha, visando valorizar a música autoral que se faz no estado. Desde os anos 90 venho também promovendo e participando de reuniões, shows, projetos que buscam nossa valorização. Cito o Clube do Compositor em 92/93/94, onde nos reuníamos todas as segundas para tocar, bolar shows e projetos de música autoral curitibana. Eu, Oswaldo Rios (Viola Quebrada), Luciano Rosa, Alexandre Nero (compositor e ator) e Hilton Barcelos (compositor) fomos precursores.  Estou muito feliz com o prêmio Lúcia Porto, por ter vindo de alguém que é do meio e tem um longo trabalho que visa os mesmos pontos, valorizar e apreciar a música autoral que se faz em Curitiba.


5) Daio, fique à vontade para fazer suas últimas considerações, deixar contatos, redes sociais, agenda de shows e o que mais achar necessário.

@daiobaroni no Facebook, Instagram, YouTube, Spotify e em todas plataformas digitais, lá você pode ouvir o CD Tempo Bom e os singles "Cuida" e "Lagoa Santa". Em breve também o primeiro disco "Boneca de Pano".

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