Não sei exatamente o que me seduz no mundo do rádio, tem uma magia difícil de explicar. Desde criança eu ficava parado na frente de um Frahm da minha mãe por horas a fio escutando músicas e fantasiando. Fui uma criança difícil mas o rádio de certa forma me distraía. Uma das frequências que mais ouvia se chamava Estação Primeira. Havia várias locutoras e mais tarde quando saí da adolescência apareceu uma menina, cujo nome nunca esqueci. A Margot (a menina da foto) que foi titular da 90.1 por alguns anos.
Vista de entrada da Mundo Livre.
Nem nos meus sonhos mais distantes imaginei algum dia ser entrevistado por ela, mas o mundo é cheio de voltas e hoje (segunda) aconteceu. Peguei o Inter 2 pra lá de lotado e faltou ar pra subir a subida da rádio, definitivamente não sou mais o mesmo. Cheguei na Mundo Livre (hoje a Margot trabalha lá) pedindo água.
Mural de autógrafos da Rádio
Eu puxava fundo a respiração enquanto olhava e esperava. E respirava mais e pensava "meu, que subida difícil."
Móvel inspirado na capa do Flashpoint (1991) primeiro álbum que comprei dos Stones.
Eu tentava não ficar deslumbrado com tudo, e vi do outro lado do estúdio o autógrafo do Emicida e pensei "wooooooow". A Margot entrou e logo a entrevista começou.
A entrevista foi ok, ela é muito atenciosa. Saí, precisava comprar meu remédio pra enxaqueca. Na saída me perdi no labirinto. Subi a escada errada e encontrei a Marielle Loyola. Parecia que a conhecia há anos e falei "guria onde é a saída?" Ela me ofereceu um café que aceitei e saiu pra fumar um cigarro, onde fiz a foto aqui de baixo. Conversamos várias coisas entre elas sobre o Seu Waltel e confessei que só conhecia seu trabalho com a Volkana, sabia pouco sobre o Arte no Escuro e a Escola de Escândalo que ela mesmo me disse.
Marielle Loyola me salvando do labirinto.
Ela me levou até a saída e encarei o sol da cidade.
Ouça abaixo a entrevista que concedi a Margot Brasil na Mundo Livre FM.
Comentários
Postar um comentário