(da esq. pra dir.) luana costa, janaína marquesini, felipe castro e raquel munhoz
Autores de livros sempre foram figuras misteriosas pra mim. Mesmo depois de ter publicado meus próprios livros os autores continuaram exercendo um certo encanto sobre o meu imaginário. No caso dos biógrafos de uma pessoa como Clementina de Jesus esse encanto ficou ainda mais evidente.
Eu sabia que eram jovens e que vinham de um trabalho de Graduação mas não sabia exatamente como as coisas tinham sido feitas. Na realidade o TCC da Graduação deles, sobre "O canto dos escravos - último disco de Clementina (com Tia Doca da Portela e Geraldo Filme)" foi apenas parte do processo. O trabalho foi bastante representativo nos meios acadêmicos (ganhando alguns prêmios inclusive) e a partir dele surgiu a ideia de escrever a biografia da cantora, um projeto de seis anos.
Respondendo a uma das questões que levantei, uma das autoras (Janaina Marquesini) me disse que não houve nenhuma orientação ou direcionamento no processo de escrita, apenas o básico ofertado pela universidade em relação ao "Canto dos escravos", mas que tiveram auxílios valiosos de Hermínio Bello de Carvalho (produtor musical que lançou Clementina) e Sérgio Cabral (jornalista, compositor e pesquisador brasileiro - pai do político Sérgio Cabral Filho).
Conseguir uma editora também não foi um processo simples, como autores novatos tiveram a coragem de recusar duas propostas porque queriam que o trabalho fosse distribuído ao menos em todas as capitais do país e literalmente foram bater na porta da Editora Record que abraçou o projeto.
A conversa aconteceu no MIS (Museu da Imagem e do Som) em Curitiba e os autores são (da esq. para dir.) Luana Costa, Janaína Marquesini, Felipe Castro e Raquel Munhoz.
Boa sorte a todos que começaram a carreira da forma mais promissora com uma biografada importantíssima para a cultura brasileira. Além de ótimos escritores são muito atenciosos.
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