1 - Em 2015 você lançou o livro "Terapia com Sequela - Rock Maldito: o psychobilly visto por dentro" que conta a história do psychobilly no Brasil, principalmente em Curitiba. Como foi o processo de amadurecimento do livro e como foi escrevê - lo?
Pra eu chegar na redação final levei sete anos. Cheguei a ter 130 páginas escritas e recomecei. Foi uma construção: esquecer da emoção. Escrever como se conversa. Revisões de texto - que ainda assim deixam passar falhas. Mas deu muito prazer e orgulho.
2 - Você ajudou a formar Os Cervejas em 1990, fale um pouquinho dessa época e como foram os primeiros shows.
Os Cervejas já foi um projeto melhor acabado do que gostaríamos de fazer no psychobilly. Mesmo que ainda não tivéssemos as referências infindáveis de hoje. O terreno era perto do sombrio. Imperava o amadorismo e um senso de se aproveitar da oportunidade para ganhar míseros reais em cima das bandas. Enfim, ainda bem que tudo mudou, não muito, mas mudou. Havia muitos bares e poucas bandas, e mesmo assim aconteciam coisas do gênero.
3 - E a banda de surf music Kozmic Gorillas? Comente um pouco sobre as duas encarnações da banda.
No Kozmic Gorillas, que no começo era mais colaborativo, começou a ter uma aura de banda "do Marcio". Sem ranço. Foi um rodízio grande de bons músicos da cidade e só eu segui. Houve mais de duas encarnações. Em Curitiba umas três, em Londrina mais duas, e vem mais uma por aí. Estou com material inédito composto e bastante diferente. Quem conhece o som da banda vai ficar intrigado. A parceria com o Gege do estúdio Glan31 tem sido fundamental. Até meu próximo livro, sobre a surf music brasileira, terá a mão dele.
4 - Como você vê o mercado musical atualmente para as bandas independentes? Mudou muita coisa ou continua com as mesmas dificuldades dos anos 80/90?
O mercado tem razões que a razão desconhece. Mesmo assim, imagino que se a banda tem um objetivo que não seja apenas se divertir conseguirá obter resultado financeiro. O exemplo mais vivo que posso citar é o The Mullet Monster Mafia: um primor de auto gestão para um produto atropelado que é o som deles.
5 - E os planos para o futuro?
Tenho como planos a curto prazo terminar o novo play do Kozmic, que vai se chamar The music smoke sessions. O título faz alusão à duas coisas, discos de blues gerados em sessões e a fumaça mística azul, que me persegue em bons momentos.
6 - Marcio fique à vontade para fazer suas últimas considerações, deixar contatos, redes sociais, agenda de shows e o que mais achar necessário.
Pra finalizar quero agradecer e deixar claro o quanto é bacana ser lembrado. Você é uma pessoa de coragem e autenticidade, qualidades cada vez mais difíceis de se ver. No mais, estou no Facebook e Instagram e meu email é marciotgouvea@gmail.com
Valeu!!!!
Veja Marcio Tadeu com a Kozmic Gorillas ao vivo no Studio Tenda:
Pra eu chegar na redação final levei sete anos. Cheguei a ter 130 páginas escritas e recomecei. Foi uma construção: esquecer da emoção. Escrever como se conversa. Revisões de texto - que ainda assim deixam passar falhas. Mas deu muito prazer e orgulho.
2 - Você ajudou a formar Os Cervejas em 1990, fale um pouquinho dessa época e como foram os primeiros shows.
Os Cervejas já foi um projeto melhor acabado do que gostaríamos de fazer no psychobilly. Mesmo que ainda não tivéssemos as referências infindáveis de hoje. O terreno era perto do sombrio. Imperava o amadorismo e um senso de se aproveitar da oportunidade para ganhar míseros reais em cima das bandas. Enfim, ainda bem que tudo mudou, não muito, mas mudou. Havia muitos bares e poucas bandas, e mesmo assim aconteciam coisas do gênero.
3 - E a banda de surf music Kozmic Gorillas? Comente um pouco sobre as duas encarnações da banda.
No Kozmic Gorillas, que no começo era mais colaborativo, começou a ter uma aura de banda "do Marcio". Sem ranço. Foi um rodízio grande de bons músicos da cidade e só eu segui. Houve mais de duas encarnações. Em Curitiba umas três, em Londrina mais duas, e vem mais uma por aí. Estou com material inédito composto e bastante diferente. Quem conhece o som da banda vai ficar intrigado. A parceria com o Gege do estúdio Glan31 tem sido fundamental. Até meu próximo livro, sobre a surf music brasileira, terá a mão dele.
4 - Como você vê o mercado musical atualmente para as bandas independentes? Mudou muita coisa ou continua com as mesmas dificuldades dos anos 80/90?
O mercado tem razões que a razão desconhece. Mesmo assim, imagino que se a banda tem um objetivo que não seja apenas se divertir conseguirá obter resultado financeiro. O exemplo mais vivo que posso citar é o The Mullet Monster Mafia: um primor de auto gestão para um produto atropelado que é o som deles.
5 - E os planos para o futuro?
Tenho como planos a curto prazo terminar o novo play do Kozmic, que vai se chamar The music smoke sessions. O título faz alusão à duas coisas, discos de blues gerados em sessões e a fumaça mística azul, que me persegue em bons momentos.
6 - Marcio fique à vontade para fazer suas últimas considerações, deixar contatos, redes sociais, agenda de shows e o que mais achar necessário.
Pra finalizar quero agradecer e deixar claro o quanto é bacana ser lembrado. Você é uma pessoa de coragem e autenticidade, qualidades cada vez mais difíceis de se ver. No mais, estou no Facebook e Instagram e meu email é marciotgouvea@gmail.com
Valeu!!!!
Veja Marcio Tadeu com a Kozmic Gorillas ao vivo no Studio Tenda:
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