1 - Você compôs "Sangue no Quintal" numa clínica de recuperação? Como foi isso?
Sim, compus essa música no ano de 2014 quando estava me tratando da minha dependência química no hospital psiquiátrico Hélio Rotemberg no bairro do Hauer em Curitiba, lá conheci um compositor chamado Cristiano Rodolfo com quem me identifiquei bastante e compus a música "Sangue no Quintal" e "Epifania", fiquei três meses lá e fizemos até algumas apresentações e oficinas musicais para residentes que tinham afinidades com a arte, um lugar que todos deveriam conhecer e que ensina muito sobre a vida. Quanto ao meu parceiro músico Cristiano nunca mais o vi após a minha saída do hospital e fiquei sabendo que ele recaiu semanas depois e desapareceu.
2 - Fale um pouco sobre a sua carreira e sua discografia.
Eu tenho alguns trabalhos lançados, a primeira banda com quem eu gravei foi o "Repossíveis" onde eu toco com meu amigo Pil, em 2010 lançamos nosso primeiro EP chamado “Vou Beber Até o Fim” e em 2014 nosso álbum chamado “Oficina Vazia, Cabeça do Diabo”. A banda passou por poucas e boas tendo que lidar comigo em minha pior fase, então nós resolvemos dar um tempo. Continuei compondo e depois dos internamentos eu resolvi gravar em casa mesmo e sem a ajuda de ninguém, em 2015 saiu o EP “Epifania” gravado de forma caseira. Nesse mesmo ano eu conheci o pessoal da Pineia (Gege Valentino, Andressa Novak, Fel Andreoli) e também o estúdio Play 31 no Ahú, lá nos formamos o "Renegados do Folk" e viemos a lançar no final do mesmo ano o EP “Sobre Carroças, Cavalos e Pessoas”.
Em 2016 eu comecei a trabalhar na produção do Valentino 5 Cordas, que trazia as músicas novas do Gege, lançamos três álbuns nesse ano, sendo um deles um clássico na minha opinião, o “Botando a Cara Pra Bater”, ainda em 2016 eu gravei e lancei de forma caseira meu segundo álbum solo chamado “Sub Existência”. No ano de 2017 eu me dediquei a produção, firmando meu selo chamado "Super Trampo Records" que no mesmo ano lançou o disco da banda curitibana "Repudiyo", gravei e lancei também meu último trabalho solo chamado “Ódio Morto”, pra muitos meu melhor trabalho. Em 2018 eu já lancei dois álbuns com o "Valentino 5 Cordas", sendo eles “Valentino 5 Cordas" e "Os Vagabundos Saudáveis” e “Para Wander” em homenagem ao mestre "Wander Wildner", todos pelo meu selo. Ainda tem o novo EP da banda "Return of Death" produzido por mim e que tem lançamento programado pra esse ano.
Em 2016 eu comecei a trabalhar na produção do Valentino 5 Cordas, que trazia as músicas novas do Gege, lançamos três álbuns nesse ano, sendo um deles um clássico na minha opinião, o “Botando a Cara Pra Bater”, ainda em 2016 eu gravei e lancei de forma caseira meu segundo álbum solo chamado “Sub Existência”. No ano de 2017 eu me dediquei a produção, firmando meu selo chamado "Super Trampo Records" que no mesmo ano lançou o disco da banda curitibana "Repudiyo", gravei e lancei também meu último trabalho solo chamado “Ódio Morto”, pra muitos meu melhor trabalho. Em 2018 eu já lancei dois álbuns com o "Valentino 5 Cordas", sendo eles “Valentino 5 Cordas" e "Os Vagabundos Saudáveis” e “Para Wander” em homenagem ao mestre "Wander Wildner", todos pelo meu selo. Ainda tem o novo EP da banda "Return of Death" produzido por mim e que tem lançamento programado pra esse ano.
3 - E o seu processo de composição como acontece?
Geralmente eu faço minhas músicas sozinho, mas às vezes conto com parceiros, a melhor delas até hoje é a Andressa Novak, com quem compus clássicos para o "Renegados do Folk" e também para nosso projeto paralelo "Beer & Red Dress". Na real o meu segredo é um violão todo arrebentado que eu mantenho em casa como membro da família e que é meu maior talismã, é eu tocar um acorde nesse violão que sai música boa, ele me dá sorte.
4 - E a sua formação musical como foi? Fez aulas, é auto - didata, começou pelo instrumento ou cantando?
Eu aprendi tudo sozinho, comecei com o violão e a bateria aos quinze anos, sempre tive a ideia de compor músicas novas e sempre tentei aprender as coisas do meu jeito, não é o certo, mas acredito que muita técnica estraga a originalidade, me inspiro em músicos como Kurt Cobain e Bob Dylan pra fazer música, aqui em Curitiba meu maior ídolo é o Giovani Caruso que compõe músicas espetaculares.
5 - Beer, fique à vontade para fazer suas últimas considerações, deixar contatos, redes sociais, agenda de shows e o que mais achar necessário.
Eu queria agradecer muito a Lado A Discos pelo espaço e a Lúcia Porto pelo convite, eu vejo a música como algo que engrandece o espírito e que PRECISA ter uma mensagem, ela não precisa ser verbal, algo musical e bem construído, com alma, é o que me atrai e o que eu busco como músico, eu acredito na música como salvação e não como produto, e é talvez isso que as pessoas devessem fazer. Eu estou produzindo bastante coisa e pra esse ano estou preparando dois singles com o "Repossíveis", um disco com o "Beer & Red Dress", estamos produzindo mais um álbum com o "Valentinos" e ainda tenho meu álbum solo com uma tourzinha pra animar, vai ser uma loucura, então essa é a mensagem, O ROCK NÃO PARA!
Ouça Beer Repossíveis na emblemática "Sangue no Quintal".
Ouça Beer Repossíveis na emblemática "Sangue no Quintal".
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