graffitti na rua lourenço pinto - centro de curitiba (18 de julho de 2014)
foto: lúcia porto
quando entrei no colégio estadual do paraná em 1989, com quinze anos, fui estudar a noite. trabalhava o dia todo e fazia a correria pra ir pro colégio. na época, morava na região metropolitana de curitiba e pra pegar o ônibus tinha que passar próximo ao shopping itália.
ao passar por ali, de vez em quando, via uns carinhas dançando no piso, que fica do lado de fora do shopping, não era muita gente, uns dez ou quinze e eles faziam altos movimentos. não dei muita atenção e não pensei a respeito. cresci no mundo do rock e não conhecia nada de hip - hop, fui entender alguma coisa quando vi na mtv, o run dmc sampleando "walk this way" do aerosmith.
o run dmc havia feito a versão em 1986, mas a mtv só inaugurou no brasil em 1990 e só fui ter acesso a ela no final de 1996. na infância, o mais perto que cheguei do rap, foi ouvindo o single "is this the end" do "new edition", um grupo de r&b muito parecido com o "jackson five", cujo primeiro disco - "candy girl", lançado em 1983, trazia o single.
o run dmc havia feito a versão em 1986, mas a mtv só inaugurou no brasil em 1990 e só fui ter acesso a ela no final de 1996. na infância, o mais perto que cheguei do rap, foi ouvindo o single "is this the end" do "new edition", um grupo de r&b muito parecido com o "jackson five", cujo primeiro disco - "candy girl", lançado em 1983, trazia o single.
o bira, o cara que mais sabia sobre rap que eu conhecia, um amigo de loja de discos que encontrava desde 2001, aos poucos foi me inserindo no mundo do hip - hop. foi ele quem me falou de alguns novos nomes da cena curitibana, mas isso foi apenas em 2013. até aquele ano, só conhecia um nome do rap em curitiba - davi black. ele foi o único rapper a entrar na coleção "os 4 elementos da nova música paranaense", uma coletânea de 4 CDs que incluía 71 artistas do estado, lançada em 2003.
três nomes que o bira que me apresentou entraram no meu primeiro livro de entrevistas - "todas as entrevistas da lado a discos" (2016), cabes mc, luis cilho e o dj e bboy da south brothers crew, baqueta. em 2013 o cabes mc lançou o single "cwbreaking", que está no ep "revolução constante, evolução permanente" e em um trecho da letra ele fala dos "breaks no itália". quando ouvi lembrei, "os carinhas do itália!" mais tarde, entrevistando o baqueta, soube que aqueles caras eram b.boys (breaking boys - dançarinos de rap).
o programa lp #2 (podcast lúcia porto) - especial "rap cwb" é dedicado a todas as minas e manos que fizeram o rap acontecer em curitiba, principalmente àqueles b.boys do shopping itália. ouça no link:
Sou produtor do primeiro CD de rsp curitibano, Davi Black - Entre o ritmo a política e a poesia
ResponderExcluirhttps://open.spotify.com/album/5LWhTovOBSo8t8pCs2WEDC?si=Jx-aJUqvTKWd_62CC2coSw&utm_source=copy-link
Tenho imenso orgulho dessa obra 👊
ResponderExcluir