o produtor e agitador cultural - neri rosa
não conhecia o neri rosa, quem me falou dele foi o emil stresser, da banda subburbia. a verdade é que o neri começou a acompanhar as bandas curitibanas de rock pelo menos uma geração antes da minha. seu trabalho remete ao "beijo aa força" (1983) e ao "ídolos de matinée" (1984). a minha banda, a stanley dix, só apareceria em 1998.
entre inúmeras contribuições para o fomento da cena underground de curitiba, está sua mais recente empreitada, o "mofonovo - o som do sul do mundo", um programa de rádio para a web, dedicado ao underground. o "mofonovo" é filiado a "mutanterádio", uma importante webrádio colaborativa.
fiquei sabendo um pouco sobre o trabalho dele depois de ler o livro "uma fina camada de gelo: o rock autoral e a alma arredia de curitiba" (eduardo mercer), lançado em 2017. uma pesquisa profunda que, a medida do possível, mapeou as bandas de rock mais famosas da cidade, do final dos anos 60 até meados dos 90.
pouco depois que lancei o livro -"todas as entrevistas da lado a discos" em setembro de 2016, o emil me falou do neri e marcamos da fazer uma entrevista para o "mofonovo - o som do sul do mundo", que só ao foi ao ar em fevereiro de 2017. foi um momento importante pra mim, mas eu ainda não tinha me tornado lúcia e estava cheia de problemas psicológicos que vieram a tona em junho daquela ano, com a internação psiquiátrica.
organizei toda a seleção de músicas dos artistas entrevistados (a maioria parananense), que tocou no programa, quem tinha músicas gratuitas para downloads, foi o critério para tocar no programa. retomando a abordagem dos livros citados, modéstia à parte, meu livro dá um passo a frente em relação a história do rock underground de curitiba, ele avança para os anos 00 e encerra em meados da década de 10.
o artista entrevistado que tem a carreira mais antiga (exceção ao seu waltel branco, que começou nos anos 50), é o multi - instrumentista marcelo pereira, cujo primeiro trabalho é de 1999. a artista mais recente é a cantora e compositora jenni mosello, que lançou seu primeiro ep em 2015. todos os outros músicos entrevistados abrangem esse período na linha do tempo.
foi uma conversa agradável, onde abordamos diversos assuntos e levamos ao ar músicas produzidas por artistas locais, ainda com pouca visibilidade, mas com nomes que estavam atingindo níveis respeitáveis de audiência nacional. foi a partir dessa entrevista para o "mofonovo" que surgiu a vontade de por em prática a iniciativa de criar meu próprio podcast, algo que só aconteceria em novembro de 2018. meus sinceros agradecimentos, ao neri rosa, ao emil stresser e ao ricardo drago da mutanteradio.
entre inúmeras contribuições para o fomento da cena underground de curitiba, está sua mais recente empreitada, o "mofonovo - o som do sul do mundo", um programa de rádio para a web, dedicado ao underground. o "mofonovo" é filiado a "mutanterádio", uma importante webrádio colaborativa.
"mofonovo - o som do sul do mundo"
"uma fina camada de gelo: o rock autoral e a alma arredia de curitiba" (eduardo mercer) - 2017
em termos de livros sobre a cena roqueira da cidade, pouco antes, em 2015, foi lançado "terapia com sequela - rock maldito: o psychobilly visto por dentro" (marcio tadeu). um livro que aborda a cena psycho, punk e surf, desde os 80 até os anos 00.
"terapia com sequela - rock maldito: o psychobilly visto por dentro" (marcio tadeu) - 2015
iniciativa parecida ocorreu apenas em 2004 com a edição do livro "a (des) construção da música na cultura parananense", uma coletânea de artigos acadêmicos, organizada pelo manoel josé de souza neto.
"a (des) construção da música na cultura paranaense" (org. manoel josé de souza neto) - 2004
fora disso, há pouco material sobre o rock autoral na capital paranaense, a maioria da história das bandas está em fanzines, antigos jornais impressos e algumas revistas independentes, de pouca duração.pouco depois que lancei o livro -"todas as entrevistas da lado a discos" em setembro de 2016, o emil me falou do neri e marcamos da fazer uma entrevista para o "mofonovo - o som do sul do mundo", que só ao foi ao ar em fevereiro de 2017. foi um momento importante pra mim, mas eu ainda não tinha me tornado lúcia e estava cheia de problemas psicológicos que vieram a tona em junho daquela ano, com a internação psiquiátrica.
"todas as entrevistas da lado a discos" (lúcia porto) - 2016
o artista entrevistado que tem a carreira mais antiga (exceção ao seu waltel branco, que começou nos anos 50), é o multi - instrumentista marcelo pereira, cujo primeiro trabalho é de 1999. a artista mais recente é a cantora e compositora jenni mosello, que lançou seu primeiro ep em 2015. todos os outros músicos entrevistados abrangem esse período na linha do tempo.
foi uma conversa agradável, onde abordamos diversos assuntos e levamos ao ar músicas produzidas por artistas locais, ainda com pouca visibilidade, mas com nomes que estavam atingindo níveis respeitáveis de audiência nacional. foi a partir dessa entrevista para o "mofonovo" que surgiu a vontade de por em prática a iniciativa de criar meu próprio podcast, algo que só aconteceria em novembro de 2018. meus sinceros agradecimentos, ao neri rosa, ao emil stresser e ao ricardo drago da mutanteradio.
ouça a entrevista abaixo:
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