Eu sabia pouco sobre Elis Regina (1945 - 1982). Quando ela faleceu no início de 1982 eu era apenas um garoto a poucos dias de completar oito anos. Mesmo sendo filho de músico, naquela época eu não tinha ideia do que isso significava, minha mãe se separou bem nesse período e minha formação musical começou alguns meses depois, longe do meu pai biológico e longe da chamada MPB. Ele gravou um Lp exatamente em 1982 e hoje refletindo sobre o meu passado penso que meu pai biológico soubesse o que tinha acontecido com a maior cantora da música brasileira.
De qualquer forma, não tenho lembranças de ouvir falar dela na infância. Soube primeiro do que tinha acontecido com Bon Scott (1946 - 1980) e só na adolescência fui saber sobre John Lennon (1940 - 1980). Fui me aproximar da Música Popular Brasileira no final da Graduação em Música (1998 - 2002), quando optei por juntar minha vivência no mundo do rock com algo que traduzisse melhor minhas inquietações no mercado da música. Foi através dessas reflexões que cheguei n' Os Mutantes e eles se tornaram meu tema de pesquisa para a monografia.
Depois de concluída a Graduação embarquei em uma Pós Graduação em Fundamentos da Música Popular Brasileira (2002 - 2004) - a primeira do país. No trabalho de conclusão do curso optei por dar continuidade as minhas pesquisas iniciadas na Graduação e essa continuação chamei de "A Informação Rock na Música Popular Brasileira", foi aí que o nome da Elis apareceu de maneira forte pra mim e também foi nesse período que sua filha Maria Rita lançou seu primeiro disco (2003). A partir dali fui descobrindo o trabalho de mãe e filha mais ou menos ao mesmo tempo, com vantagem para a Maria.
Maria Rita Camargo Mariano está em tournée com o seu sexto álbum - Coração a Batucar de 2014. A tour passou ontem pelo Teatro Guaíra de Curitiba e tive o privilégio de assistir a uma artista que talvez seja a maior cantora brasileira da minha geração.
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