Cuba é um assunto que levanta opiniões apaixonadas. Na adolescência eu andava com uma camiseta do Che e toda minha formação política vinha de andar com o pessoal do Grêmio Estudantil, então Cuba pra mim era sinônimo de resistência. Tenho respeito por Che e toda a sua história, mas em algum momento no início da idade adulta percebi que ele tinha sido uma figura controversa e a verdade era que eu sabia pouco do que realmente acontecia em Cuba administrada por Fidel.
O problema com Cuba era mais sério do que aquele menino nascido no sul do Brasil, filho de pais nordestinos poderia imaginar. Havia um embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba desde 1960 que fez a Ilha parar no tempo.
Em 1998 uma professora da universidade me falou do documentário Buena Vista Social Club que estava no cinema. Na época soube que Ry Cooder guitarrista norte americano e produtor do disco teve problemas dentro dos Estados Unidos por causa do embargo econômico a Cuba. Uma história que parecia não ter fim.
Em março de 2016 o atual presidente norte americano Barack Obama foi até Cuba, a visita de um presidente dos EUA a Ilha não acontecia desde 1928. Lá ele fez o famoso discurso de Havana onde disse ter esperança no restabelecimento das relações comerciais entre os dois países, ao que parece pode ser o começo do fim do embargo.
Tudo isso me passou pela cabeça ao ver o documentário Havana Moon onde os Rolling Stones comentam como foi tocar em Cuba pela primeira vez. O filme foi exibido nas salas de cinema UCI simultaneamente em todo Brasil ontem 06 de outubro, apenas uma única vez.
1.200.000 mil pessoas compareceram ao concerto! O documentário é um show de imagens principalmente no início onde mostra a arquitetura de Havana, o povo cubano e seus carros da década de 50! Como disse Keith Richards: "Os Rolling Stones fazem coisas que nem os governos conseguem fazer."
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