1 - Como começou a tua história com a moda?
Sempre fui apaixonada por roupas vintage, sempre gostei de me vestir com roupas desse estilo. Antes de começar com o brechó fui uma garimpeira de guarda-roupas, fuçava as roupas da minha vó, da minha tia e usei muitas peças vintage da minha mãe (ainda uso rs), o gosto pela roupa, a qualidade, o tato, os detalhes e até o cheiro, tudo isso sempre me encantou.
Com o brechó comecei a me interessar mais pela moda, até pela questão do dever de ter um pouco de conhecimento, por exemplo, saber diferenciar tipos de tecidos, saber tirar corretamente uma medida, pesquisar sobre grandes marcas históricas e todos esses detalhes do mundo da moda.
2 - Você sempre sempre se interessou por moda ou passou por outros caminhos profissionais?
Nunca fui muito ligada a moda, acho que sempre me senti um pouco deslocada em que área seguir. Pra você ter uma ideia, sou formada em segurança do trabalho (rs), atuei uma única vez. Mas sempre fui muito apaixonada por arte e design, no tempo do ensino médio queria ter feito artes visuais. Atuei muito na área de vendas no meu caminho profissional, já vendi muito cartão de crédito, consórcio e financiamento de moto. Foi quando saí de uma empresa que acabei me descobrindo, sem querer, com o brechó e resolvi formalizar de vez.
3 - Pra quem não conhece o seu trabalho, comente um pouco sobre ele.
O brechó é algo que cresceu muito e está saindo do estereótipo de "roupa velha", "mal cuidada". No meu trabalho envolve muita coisa, tudo inicia no garimpo, vou em diversos lugares garimpar peças, muitas vezes em brechós menores e bazares.
Garimpo peças, de preferência vintage, muitas vezes vou a lugares distantes e que a situação é literalmente um garimpo, tem que ter coragem, garra e não dá pra chorar pela unha quebrada e pelo mal cheiro. Em seguida, vem a etapa da curadoria, envolve muita higienização e recuperação das peças, muitas vezes, envolve gasto, até em produtos específicos, para retirar manchas e marcas do tempo, envolve também costura das peças.
Depois te ter feito toda a curadoria das peças, cheirosas, passadas e restauradas, vem a etapa das fotos, para publicar no Instagram. Faço diversas fotos (hahaha), são vários ângulos e também coloco um iluminador de led para ajudar na iluminação do produto, e claro, tem a parte das medidas. Todas as peças são medidas, como faço venda on line e envio para todo o Brasil, via correios, as medidas tem que estar corretas, com o tamanho certo.
Por fim, depois das peças fotografadas e postadas vem a parte final, negociar com o cliente e enviar o produto, com uma embalagem artesanal que eu mesma faço.
É um resumo das etapas, o brechó tem muitas fases de trabalho e envolve paciência também. Para encontrar o garimpo certo, para cuidar das peças, paciência com o cliente, pois, lidar com pessoas, muitas vezes, não é tão fácil e ter amor ao que faz, é um trabalho que exige. O que muitas pessoas, infelizmente, não sabem, é o que se passa, por trás do brechó. Brechó não é bazar, tem toda uma curadoria por trás. Resumindo, tem muito amor (haha), paciência e cuidado.
4 - Como tem sido a sua rotina de trabalho nesses tempos de quarentena?
Minha rotina, tem sido mais trabalho interno, curadoria e fotografia das peças. Não tem muito o que fazer nesse período, as vendas caíram, devido a crise, mas nesse momento temos que ter paciência e cuidar de nós, então, tenho negociado mais pelo Instagram e alguns dos clientes que compram comigo, nesse período, estão pagando as peça antes, para retirar depois que normalizar.
O trabalho tem sido em casa, o espaço físico do brechó é no próprio terreno de casa. A loja, atendo somente com horário agendado, porém, o que estou usando mais no momento é a venda pela internet.
5 - Desdêmona, fique à vontade para deixar contatos, serviços, redes sociais e o que mais achar necessário.
Vou deixar aqui meu meu maior contato com as pessoas, o Instagram: @bdfbrechodosfundos
No espaço físico, atendo por horário agendado, fica localizado em Curitiba, no Hauer. Meu telefone para contato: (41) 997711749
Só agendar um horário para conhecer.
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